A Lei Nº 9.433/97 da Política Nacional de Recursos Hídricos fundamenta no Art. 1o, Inciso II, que “a água é um recurso natural limitado, dotado de valor econômico”. É possível citar alguns dados alarmantes que servem de conscientização e justificam a necessidade de implantação de estratégias que racionalizam o uso da água.
Aproximadamente, 97,5% da água do planeta é salgada, e portanto imprópria para uso agrícola, industrial e humano. Além disso, 1,75% está em forma de gelo ou neve e, do restante, 99% são águas subterrâneas. Ou seja, menos de 0,0001% da água da Terra está nos lagos e rios.
Não há, entretanto, um valor exato para o preço da água, pois este depende de diversos fatores que vão do custo de extração a políticas governamentais. O preço médio agregado nos centros industriais brasileiros gira em torno de R$0,02 por litro, valor que chega a dobrar em países da Europa. Apesar de parecer baixo, esse preço reduz em até dez vezes ao se utilizar algum método adequado.
Consequentemente, empresas de diversos setores investem fortemente em tecnologias que possibilitam o tratamento de esgotos e efluentes, reuso, reciclagem e, sobretudo, redução do consumo de água.
Nenhuma das técnicas necessárias para o uso sustentável da água seria aplicada sem o Controle e Automação. “Controle” consiste na a arte de manipular algum sistema para se obter um resultado desejado, interferência que poderia ser feita manualmente, porém é mais interessante que seja realizada de maneira programada (automática), daí o nome “Automação”.
Inicialmente, a finalidade da automatização era aumentar a produtividade dos processos de fabricação e melhorar a qualidade das tarefas realizadas pelo homem, o que proporcionava melhor aproveitamento da água de maneira indireta. Atualmente, cada vez mais, as empresas procuram sistemas de controle que causam um impacto direto na redução do seu consumo hidráulico.
Na medida em que os problemas e dilemas são apresentados, novas soluções são criadas. Apesar do custo inicial em termos de instalação e eletricidade, o balanço energético e o ganho final viabilizam o investimento. Aliada à Política Nacional do Meio Ambiente, no que concerne ao melhor uso da água, a Engenharia de Controle e Automação aparece como uma das promissoras opções para o cumprimento da Lei Nº 6.938/81, que estabelece como um de seus princípios no Art. 2º “incentivos ao estudo e à pesquisa de tecnologias orientadas para o uso racional e a proteção dos recursos ambientais”.
Trata-se de uma Ciência relativamente nova que, bem direcionada, possibilita a exploração de riquezas com respeito à natureza e que prioriza o bem-estar social.
Somos especialista em soluções com telemetria, onde controlamos vazão, pressão e nível em poços artesianos distantes, ou ainda, estações de tratamento.
Trata-se da instalação de um painel elétrico alimentado por baterias, onde são interligados os sensores e equipamentos de medição e através de uma antena de celular, transmite informações para outro local onde um supervisório efetuará o controle.
Essa solução permite uma infinidade de aplicações à distância.
Preservar o meio ambiente não se trata apenas de uma questão moral, mas também uma necessidade de atendimento legal às exigências governamentais. Cada vez mais o tratamento dos efluentes lançados nos rios e demais sistemas hídricos é objeto de projetos de automação que garantam a qualidade e confiabilidade desse processo.
O objetivo é purificar a água até limites aceitáveis para não causar poluição nesses sistemas. Procedimento que antes se fazia de forma manual sem grande precisão, hoje avançamos no sentido de fazer todo processo automaticamente, fazendo leituras dos níveis de purificação da água e a dosagem de produtos químicos que misturados aos resíduos torne os efluentes em condições favoráveis para o despejo nas redes de água e esgoto. Um exemplo é o controle de dosagem de coagulante nas estações de tratamento de água.
É um processo fundamental e que exige atenção, pois é um elemento químico extremamente importante no processo de tratamento, que aglutina as partículas sólidas em suspensão existentes na água e acelera a decantação das mesmas dentro do tanque, que se prossegue por medições do “ph” e a correção do mesmo através de produtos químicos indicados.
A falta do coagulante provoca uma sobrecarga nos filtros, que tem que lidar com uma maior quantidade de partículas e seu excesso não é desejável, pois deixa resíduos na água tratada, assim como economicamente é desaconselhável.
A aplicação dos meios de automação entra com sucesso para automatizar este processo, através de CLPs(controlador lógico programável) que recebe o sinal de um analisador colocado na linha de entrada de água da decantação e após alguns cálculos, determina a dosagem de coagulante exata, evitando desperdícios e otimizando o processo.
Da mesma forma se procede com a regularização dos níveis de PH, que devem ser corrigidos da mesma forma. Dados estatísticos das empresas afirmam que o investimento deste processo em suas instalações economiza em 20% a quantidade de produtos químicos utilizados e que em prazo de três meses o investimento com equipamentos estará pago.
Ao sistema de automação para controle e sensoriamento se associam também procedimentos construtivos na área de civil, para criar ambientes adequados para todo o processo de represamento e tratamento destes efluentes.
Etapas do Processo:
Apenas para um breve esclarecimento, seguem as etapas básicas para o tratamento:
- Tanques de equalização
- Tanques de Coagulação
- Bombas de recalque e circulação
- Dosagem de produtos químicos
- Medições do PH
- Processo de filtragem – por final o monitoramento dos parâmetros da água
Cada uma das etapas analisadas e controladas por um CLP, que se comunicam em rede entre si e a um sistema supervisório.
Onde se permite monitorar e alterar programas com diversas parametrizações de dosagens de produtos e medições de condições dos líquidos tratados.
Economia e qualidade do processo de tratamento, onde uma vez feita as parametrizações corretas, o sistema opera praticamente sozinho, com um operador apenas, cuja função é somente realizar as análises químicas para validação do tratamento realizado.
Antigamente os processos industriais eram acompanhados por operadores diante de grandes painéis elétricos e botões de comando e hoje se fazem através de softwares instalados em computadores o que oferece maior recurso de controle.
Num segundo momento os operadores passam a visualizar plantas de maiores dimensões, podendo monitorar sistemas bem mais complexos. Neste processo participa também com grande importância a aplicação de bombas e válvulas de controle automatizadas.
EQUIPAMENTOS PARA GALVANOPLASTIA
Nos destacamos pelo fornecimento de produtos e serviços para linhas de galvanoplastia e processos com líquidos agressivos, tais como ácidos, solventes e combustíveis. Fornecemos produtos em diversos materiais, sendo que destacamos aço carbono, aço inoxidável, PE, PP, PEAD, PVC e PVFD.
Ainda, fornecemos linhas automáticas completas contendo sistemas de exaustão, estações de tratamento, tanques, lavadoras de gases, capelas para laboratório de análise, tubulações e peças especiais. Também fornecemos serviços de solda em PP, PVC, PE e PEAD, soldas em rotomoldados, revestimentos e reformas.
Imagem inicial: Abstrato fotografia desenhado por Bedneyimages – Freepik.com
0 comentários